Parque Ecológico Córrego Grande - Histórico

Até o início do século passado a região onde hoje se localiza o Parque Ecológico Municipal Prof. João Davi Ferreira Lima ou popularmente Parque Ecológico do Córrego Grande, foi uma chácara de produção de leite, com vegetação rasteira composta principalmente por capim melado e capim gordura, espécies exóticas introduzidas no Brasil.
No ano de 1946, o Governo Federal adquiriu a área e investiu no seu reflorestamento, Plantando pinus e eucaliptos. A área de 21,3 hectares funcionou como a primeira base de reflorestamento de Pinus elliotti no Sul do Brasil, servindo de modelo e fornecendo mudas de espécies exóticas.
Em 1991, a área passou a ser base técnica de operação do então recém criado IBAMA, que começou a redirecionar as potencialidades do local para a conservação da biodiversidade, passando a permitir o estabelecimento natural das espécies vegetais nativas, produzindo inclusive, mudas para o plantio na área e para distribuição na comunidade. Também funcionavam um Centro de Resgate e Triagem de Animais Silvestres, um posto de controle e fiscalização do IBAMA e a administração da reserva biológica do Arvoredo.
Em 5 de agosto de 1994 era inaugurado o Parque Ecológico do Córrego Grande , graças a um convênio entre IBAMA, prefeitura e COMCAP. Nesta época a abertura do parque tratava-se de um marco histórico, já que a cidade almejava ser a capital turística do MERCOSUL, portanto deveria se preocupar também com a natureza. Infelizmente, 51 dias após sua abertura o parque foi fechado devido a uma forte tempestade com ventos de aproximadamente 100km/h que derrubou muitas árvores, na qual uma delas foi um grande Eucalipto de cerca de 30m que resultou num acidente, e  ocasionou o fechamento do parque.
Em 1995 é criada a Fundação Municipal de Meio Ambiente de Florianópolis o que possibilitou um trabalho mais efetivo na área, ajudando na administração do parque através da reafirmação do termo de cooperação técnica agora entre IBAMA, COMCAP, PMF-SME e FLORAM.
No ano de 1996 a comissão de gerenciamento do parque começou o repovoamento com espécies nativas no parque onde foi realizado o corte dos pinus e eucaliptos.
Em 2001, a Prefeitura interessada em reabrir o parque conseguiu junto ao Ministério do Meio Ambiente e IBAMA a concessão administrativa por cinco anos da área.
Hoje o Parque encontra-se em estágio inicial de sucessão, mas ainda pode-se observar a persistência da espécie Pinus que insiste em rebrotar em algumas áreas do parque. 
            Talita Laura Góes
Educadora ambiental/FLORAM
    Técnica em Meio Ambiente 
                   Geógrafa